Neste trabalho, investigamos o contexto sócio- histórico, cultural e linguístico dos docentes de uma escola do interior paranaense, observando como eles se comportam em relação à língua e à cultura polonesa. Propomos analisar as concepções de língua construídas ao longo de suas trajetórias pessoais a fim de compreender as negociações de identidade por meio de narrativas autobiográficas e também por meio de imagens compartilhadas por eles por livre e espontânea vontade. O trabalho segue o viés da Linguística Aplicada e para tanto, ancoramos a pesquisa na análise dialógica do discurso, a partir do circulo de Bakhtin; nas negociações de identidade, a partir de Pavlenko e Blacklege (2004), Hall (2011), Bauman (2004), Canclini (2015), Eagleton (2011), Bhabha (1988); ideologias linguísticas, alicerçada em Woolard e Schieffilin (1994) e, narrativas autobiográficas em Alexandra Georgakopoulou (2004). As vozes dos participantes desta pesquisa nos permitem acessar outras narrativas, afinal, falamos de docentes de um município multilíngue do Sul do Paraná para observar as singularidades na interação. Desse modo, trazemos ao diálogo as negociações identitárias, oportunizando que questionemos a formação de identidade de professores bem como a homogeneização que muitas vezes ocorrem em geração de dados de pesquisa a partir de biografias, trabalhando dessa forma contra a subalternidade e o silenciamento.