Corpos Indígenas Mestiços (In)Dóceis em romances de Nenê Macaggi | Autores: Huarley M. V. Monteiro (PPGL-UFPA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ)) |
Resumo: Este texto é um desdobramento da tese de Doutorado em Estudos Literários (PPGL-UFPA), em fase de qualificação, sobre a orientação da Dra. Tânia Sarmento-Pantoja. Problematiza-se com base no pensamento Pós-Colonial cuja a chave interpretativa ganha força em reflexões fundadas nos estudos sobre a resistência. O objetivo principal é o de apontar a recorrência do Corpo Mestiço Indígena nos romances de Nenê Macaggi enquanto manifesto político, Corpo (In)Dócil. Para chegar a esta reflexão afirmamos que o projeto literário, matéria nortista, da autora pontua a formação social da Amazônia oriental como resultante da dinâmica de encontros sociais e culturais contemporâneos. As obras que formam a matéria nortista da autoara são A mulher do Garimpo: o romance no extremo sertão do amazonas (1976/2012), Dadá Gemada, Doçura amargura: romance do fazendeiro de Roraima (1980), Exaltação ao verde (1984), Nara-Sue Uarená: o romance dos Xamatautheres do Parima (1988). O aporte metodológico constitui-se da genealogia. A proposta de análise das respectivas narrativas busca construir argumentos que afirmem o corpo Indígena Mestiço enquanto categoria de resistência. A fundamentação teórica pauta-se nas abordagens da análise do discurso; porém, a natureza interdisciplinar nos faz enveredar pelos estudos antropológicos, culturais e da teoria literária. Autores como A. Bosi (2002), M. Foucault (1977, 1979), G. Agamben (2002, 2017), R. Espósito (2004) T. Sarmento-Pantoja (2013), A. Sarmento-Pantoja (2014) e K. Munanga (2008), A. Mbembe (2006), I. Neves (2017) são os condutores das reeflexões.
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