O ensino de Português como Língua Adicional (PLA) tem-se expandido, ocasionando uma vasta diversidade de públicos atendidos. Neste sentido, este trabalho pretende apresentar conceitos relativos aos matizes abarcados pela designação PLA, tal como Português Língua Estrangeira, Segunda Língua, Língua de Herança, numa perspetiva didática, visando a sua articulação com os correspondentes públicos aprendentes e com a formação de professores de PLA. Assim, as perguntas norteadoras deste estudo foram: Que públicos são abarcados pelo PLA? e Que tipo de formação inicial de professores de PLA pode dar resposta eficaz à diversidade de públicos?. O estudo tem por base documentos reguladores como o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (Conselho da Europa, 2001), as Orientações Programáticas de Português Língua Não Materna (PLNM) Ensino Secundário (Leiria et. al., 2008), e o Quadro de Referência para o Ensino Português no Estrangeiro (Grosso et al., 2011), assim como os estudos de Isabel Leiria (1991, 1999), Maria José Grosso (2006), Ana Tavares (2008), Schlatter e Garcez (2009), Cristina Flores (2013) e Sílvia Melo-Pfeifer (2016). Em termos metodológicos, este trabalho apresenta relatos de experiências desenvolvidas em duas universidades, uma no Brasil e outra em Portugal, no âmbito da formação inicial de professores, que buscou desenvolver um modelo flexível, dinâmico e atualizado para a atuação do professor de PLA face à polimorfia do público aprendente de PLA. A partir de diversas atividades desenvolvidas sobre língua e cultura, tornou-se clara a necessidade de uma perspectiva crítica e de um constante processo de monitorização do modelo formativo, centrado no desenvolvimento da competência de aprendizagem dos formandos, para poder dar cabal resposta a um cenário cambiante, em constante atualização, tanto devido às migrações quanto às solicitações emergentes do mercado profissional.