O Brasil corresponde ao destino de um significativo contingente de estrangeiros, os quais advêm dos mais diversificados processos de imigração. Nesse novo cenário, evidencia-se a necessidade de reflexão acerca das políticas públicas brasileiras voltadas ao acolhimento desses indivíduos, com destaque à esfera linguística, que se mostra de suma importância para verdadeira integração desses imigrantes no país. Destaca-se, nesse campo, a vertente do ensino-aprendizagem do português como língua adicional (PLA) ou de acolhimento (PLAc) para as crianças que se encontram nas salas de aula das escolas públicas do Brasil, enfrentando os mais diversos desafios impostos pelas diversidades linguístico-culturais. Tendo em vista a importância dessa temática para estudos acerca da situação do imigrante no Brasil, este trabalho busca discutir como as instituições escolares têm se posicionado frente a esse novo contexto de ensino, levando em consideração o fato de que, parte desses alunos encontram-se em fase de alfabetização. Ademais, propõe-se uma reflexão acerca dos agentes que passam a ser responsáveis pelo ensino da língua a esses novos alunos. A partir dos pressupostos da Linguística Aplicada Indisciplinar (MOITA LOPEZ, 2006) e considerando-se a importância da Interculturalidade nesse contexto de ensino (MAHER, 2007), a presente pesquisa apresenta um estudo de caso sobre o acompanhamento de um estudante do 1º ano do ensino fundamental, realizado sob a supervisão do professor e da monitora da disciplina de práticas de ensino de português como língua adicional/de acolhimento em uma universidade federal brasileira.