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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


RELAÇÕES INTERCULTURAIS: ALUNOS INDÍGENAS E PROFESSORES NÃO INDÍGENAS DA ETNIA XAVANTE EM ESCOLAS PÚBLICAS URBANOS EM BARRADO GARÇAS/MT

Autores:
Mônica Maria dos Santos (UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso) ; Silvana Francisco Guedes (UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso) ; Pollyana Machado de Moraes Varjão (UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso)

Resumo:

Interculturalidade é a palavra que norteia o trabalho dos pesquisadores e bolsistas do projeto de pesquisa: A Migração Rural/ Urbana dos Jovens Indígenas da Etnia Xavante: uma questão de sobrevivência. Lutamos num esforço concentrado pela união de todos, com  foco na nova fase que  desponta no cenário das escolas públicas urbanas: a presença do aluno indígena da etnia Xavante. Como todo cidadão brasileiro, os alunos indígenas, têm acompanhado a modernização e, dessa forma, estão deixando suas aldeias a fim de que possam ampliar seus horizontes em contexto científico em espaços urbanos. Dentre esses e outros aspectos, a presença dos alunos indígenas acarreta não só a questão do ensino/aprendizagem da língua institucionalizada, mas, sobretudo,  às atitudes e o comportamento de todo o coletivo escolar em relação ao novo, ao diferente, principalmente, no que se refere aos aspectos linguísticos e culturais. É nessa perspectiva que desenvolvemos a investigação: Como eles  sobrevivem? Onde residem? Como são tratados por professes não indígenas? Como se dá o intercâmbio sociocultural e linguístico? Diante desses e outros questionamentos desenvolvemos o nosso trabalho, pois não podemos conceber as atividades de ensino/aprendizagem independentemente do contexto cultural, linguístico e social, bem como das relações que o sujeito falante de uma língua estabelece com os demais em situações comunicativas. São décadas de trabalho em defesa dos jovens indígenas da etnia xavante, em espaços públicos urbanos, pautados pela ética e eficiência de pesquisadores que se uniram em prol de uma história marcada por enfrentamentos e conquistas apoiando suas lutas, reconhecendo e valorizando seus falares, os modos de ser e, principalmente, suas crenças. Todavia, o respeito a essas individualidades  nos ajuda a mudar o retrato desses alunos em escolas públicas urbanas de Barra do Garças/MT. Utilizamos a pesquisa etnográfica, de cunho qualitativo, pois procuramos interpretar o que está ocorrendo no contexto  pesquisado.