Metáfora gramatical nos editoriais: discurso, ideologia e poder | Autores: Michele Cristine Silva de Sousa (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) |
Resumo: Este trabalho tem como objetivo principal analisar de que maneira a metáfora gramatical contribui para a produção da argumentação nos editoriais dos jornais, mais precisamente, nos veiculados no Globo, no Estadão, na Folha de São Paulo e no Jornal do Brasil. Para tanto, tal análise será realizada por meio dos pressupostos teóricos de Halliday sobre a Linguística Sistêmico-Funcional, com ênfase na metafunção ideacional. Além disso, optou-se por editoriais com temáticas sociais variadas, o que possibilita para o pesquisador uma posição menos marcada no que tange aos diferentes discursos ideológicos presentes em tais meios midiáticos. Tais discursos, de acordo com Fairclough (2001) são moldados por relações de poder e ideologias e os efeitos construtivos que o discurso exerce sobre as identidades sociais, as relações sociais e os sistemas de conhecimento e crença, nenhum dos quais é normalmente aparente. Parte-se, então, da hipótese de que a metáfora gramatical é um recurso utilizado nos editoriais como um marcador de juízo de valor, pois carrega uma ideologia, ainda que muitas vezes, esse posicionamento esteja despersonalizado na oração, momentos em que o ator do processo verbal é apagado ou mascarado no discurso. A análise de tal apagamento dos sujeitos far-se-á pela teoria dos atores sociais de Kress e Van Leewen.
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