ENSINO DE GRAMÁTICA: CONTRIBUIÇÕES DA LINGUÍSTICA HISTÓRICA PARA A SALA DE AULA | Autores: Aline Gravina (UFFS - Universidade Federal da Fronteira Sul) |
Resumo: O ensino de gramática na educação básica e a teoria linguística são vistos pela sociedade em geral, muitas vezes, como campos distantes e com poucas interseções. Ensinar gramática a partir de uma vertente teórica linguística formal tem sido um tema discutido por linguistas que se propõem a sugerir diretrizes e estratégias que possam ser utilizadas em sala de aula. Dentre esses trabalhos, pode-se citar Pilati (2011; 2017), Pilati, Sandoval e Zandomênico (2016), Oliveira e Quarezemin (2016) e Vieira e Brandão (2016). O que os linguistas preconizam também é discutido pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, cujo texto aponta a necessidade de uma reformulação no ensino gramatical, uma vez que o professor deve levar em consideração os conhecimentos que o aluno já possui. Assim, o trabalho do professor em sala de aula, ao tratar do ensino gramatical, deve estar respaldado em um conhecimento teórico-científico. Portanto, para uma aprendizagem concreta, acredita-se que o aluno também deve fazer uso de uma atividade equiparada a uma investigação científica. Com esse intuito, a presente pesquisa apresenta uma proposta prática para promover uma aproximação entre a teoria e a prática, a partir da explanação do resultado de uma pesquisa linguística teórica, relacionada à mudança, e a possibilidade de aplicação desse conhecimento no ensino escolar fundamental e médio. A intenção do estudo é demonstrar que a mudança diacrônica, averiguada nos estudos formais na vertente gerativista em Linguística Histórica, também possui um papel de protagonismo para o entendimento da gramática da língua de maneira didática. Os resultados desse estudo propõem que a atestada preferência do sujeito gramatical mais preenchido no português brasileiro, comparado ao português europeu, traz contribuições, que podem ser trabalhadas em sala de aula, para promover reflexões linguísticas mais consistentes sobre a modalidade culta escrita da língua portuguesa no Brasil na atualidade.
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