Resumo:

Este trabalho faz parte da segunda fase do projeto Atlas Toponímico do Estado do Maranhão: Análise da Macro e Microtoponímia, nesta etapa, com o propósito de investigar os topônimos da mesorregião Oeste Maranhense, cujas microrregiões são as de Imperatriz, Pindaré e Gurupi, perfazendo um total de 52 municípios, situados a noroeste da região Nordeste, antes conhecida por Meio Norte. A pesquisa fundamenta-se no campo da Onomástica, o estudo dos nomes próprios, especificamente da Toponímia, cujo enfoque teórico é a descrição dos nomes próprios de lugares, considerando-se os aspectos intralinguísticos, semânticos e morfológicos, e os extralinguísticos, em relação a diversos contextos históricos, geográficos e culturais. Neste âmbito, a sistematização dos topônimos resulta um banco de dados que, juntamente com uma representação cartográfica, geram o Atlas Toponímico do Estado do Maranhão - ATEMA. Assim, o objetivo é apresentar os resultados elencados da mesorregião Oeste Maranhense, comparados aos da mesorregião Sul Maranhense. A análise segue os pressupostos metodológicos do Atlas Toponímico do Mato Grosso do Sul - ATEMS, ressaltando-se a base de dados oficiais encontrada no sítio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e no Banco de Dados Geográficos do Exército Brasileiro - BDGEx. Os resultados parciais apontam a presença de novos termos para cunhar acidentes humanos na área rural como quadra e centro, bem como algumas tendências regionais identitárias da mesoamazônia como a denominação dos cursos d’água com o termo geográfico igarapé e, em relação à mesorregião Sul Maranhense, uma maior presença de topônimos de base indígena, a exemplo de Arapapá, Araparizal, Awá, Axinxá, Guajará, Gurupi, Igarapá, Itaipava, Jacamim, Jeju, Jundiá, Juparana, Maracaçumezinho, Maranata, Mucura, Pindaré, Saçuita, Sapucaia, Satuba, Timbira, Tracuá, Tupi, Turiaçu, itens lexicais que são indícios da formação étnica e histórico-cultural dessa mesorregião.