INVESTIGAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE MANIPULAÇÃO DO SINAL FRICATIVO E PONTO DE ARTICULAÇÃO EM UMA TAREFA DE IDENTIFICAÇÃO PERCEPTUAL | Autores: Audinéia Ferreira da Silva (UESB - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) |
Resumo: Esse trabalho busca avaliar a perceptibilidade das fricativas, com sinal manipulado, em função do parâmetro ponto de articulação. Para isso, foram montados dois corpora compostos por monossílabos e dissílabos com estrutura silábica CV e C1V.C2V, em que C e C1 é uma das seis fricativas opositivas, C2 é uma oclusiva bilabial e V é uma das vogais /a/, /i/ ou /u/. Esses corpora foram gravados por uma informante do sexo feminino e, após a gravação, o sinal acústico foi manipulado em termos de duração do ruído e frequência do espectro. Para a manipulação da duração, primeiro, foi feita a mensuração da duração absoluta e, na sequência, a duração do ruído foi reduzida a taxas de 25%, 50% e 75%, utilizando a ferramenta Manipulate > To manipulation do Praat. Já para a manipulação da frequência das fricativas, inicialmente, foi feita a mensuração da taxa média de frequência a partir da análise do primeiro momento espectral, Centroide, e, então, essa frequência média foi reduzida a uma taxa mínima e ampliada a uma taxa máxima, utilizando a ferramenta modify>In-line filters>Filters with one formant (in-line) do Praat. Após esse procedimento, os corpora foram apresentados a 13 juízes nas tarefas de identificação perceptual. Os resultados indicam que a influência do ponto de articulação para a percepção das fricativas com manipulação do ruído está associada à taxa de manipulação da duração e da frequência do ruído. Desta forma, com a manipulação da duração, os resultados evidenciaram que as fricativas palatoalveolares foram as mais prejudicadas com a maior taxa de redução da duração do ruído. Já com a manipulação da frequência, os resultados evidenciam que as fricativas alveolares tiveram sua identificação perceptual mais prejudicadas com a taxa mínima de frequência e mais favorecidas com a taxa máxima de frequência.
Agência de fomento: CNPq |
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