Este estudo objetiva analisar o processo de referenciação nos textos dissertativo-argumentativos de alunos do 3º ano do ensino médio, bem como as relações discursivo-argumentativas estabelecidas entre as partes do texto. Dessa forma, estudar as principais estratégias de coesão referencial e o vínculo estabelecido entre esse processo e a orientação argumentativa do texto. Diante das lacunas existentes no ensino de produção textual evidenciado durante toda vida escolar, têm-se, na maioria das turmas de 3º ano do Ensino Médio, alunos que apresentam graves problemas em suas produções textuais escritas, principalmente no que tange às complicações com o processo de referenciação. Tais dificuldades implicam equívocos que desfavorecem a coesão e, consequentemente, a coerência textual, resultando em textos cujas relações discursivo-argumentativas são mal estabelecidas e organizadas. Assim, é fulcral que o trabalho com os aspectos e mecanismos da coesão e da coerência seja realizado com êxito pelos professores de Língua Portuguesa na sala de aula, oferecendo aos alunos subsídios para o desenvolvimento de suas competências comunicativas nas modalidades escrita e oral. Nesse ínterim, o corpus dessa pesquisa é formado por 20 (vinte) redações de alunos do 3º ano do Ensino Médio de uma escola pública da Rede Estadual de Ensino de Pernambuco, localizada em contexto urbano. Portanto, o presente trabalho é de caráter qualitativo e exploratório e traz como arcabouço teórico os estudos de Marcuschi (2002), Costa Val (2006), Coroa (2016), Cavalcante et al. (2017) dentre outros. Por fim, pôde-se perceber, ainda que parcialmente, que as várias relações discursivo-argumentativas estabelecidas pelos estudantes em suas redações foram, de algum modo, prejudicadas pelos equívocos cometidos no processo de referenciação. Desse modo, é nítida a urgência de se trabalhar na sala de aula os mecanismos de coesão e coerência dos quais a língua dispõe para que os alunos possam desenvolver competências comunicativas de modo efetivo e exitoso.