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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


A leitura como fonte de informação: principais resultados das práticas desenvolvidas nas oficinas do projeto de extensão de Língua Portuguesa como segunda língua para surdos

Autores:
Bruna Crescêncio Neves (IFSC PHB - Instituto Federal de Santa Catarina - Câmpus Palhoça Bilíngue ) ; Tatiane Folchini dos Reis (IFSC PHB - Instituto Federal de Santa Catarina - Câmpus Palhoça Bilíngue )

Resumo:

O aprendizado da Língua Portuguesa como segunda língua pelos surdos ocorre predominantemente em contextos formais de ensino e não é uma língua adquirida naturalmente por esses indivíduos nos contextos familiares. Sendo assim, o conhecimento enciclopédico é construído a partir das interações em língua de sinais e através do acesso às informações compartilhadas nessa segunda língua. Por esse motivo, é crucial que as instituições de ensino assumam o seu papel no ensino da Língua Portuguesa e promovam práticas de leitura e escrita nas escolas que fomentem esse desenvolvimento. Em um estudo realizado por Karnopp (2015), os surdos expõem a importância da leitura ao falarem que “receber as informações nos torna cultos, melhora o conhecimento e ajuda uma boa redação. Quando leio eu escrevo ainda melhor” e “dá inteligência” (KARNOPP, 2015, p.156). Sendo assim, o presente trabalho apresenta os principais resultados do projeto de extensão intitulado “Língua Portuguesa como segunda língua para surdos: práticas de leitura e escrita”, aprovado pelo edital 2018_PROEX 01. Essa atividade teve como objetivo geral proporcionar práticas de leitura e escrita para surdos em sua segunda língua (Língua Portuguesa) a partir de diferentes temáticas do cotidiano e gêneros textuais. Para isso, a principal ação dessa proposta esteve relacionada à oferta de oficinas de leitura e escrita para surdos. Essas oficinas ocorreram em duas instituições: 1) Instituto Federal de Santa Catarina – Câmpus Palhoça Bilíngue (parceria com a Associação de Surdos de Palhoça): grupo de 15 surdos e 2) Associação de Surdos da Grande Florianópolis: grupo de 20 surdos. A partir das oficinas realizadas, foi possível perceber três contribuições dessas atividades para o desenvolvimento da leitura e escrita: a) aumento do vocabulário; b) aperfeiçoamento das estratégias de leitura e c) ampliação do conhecimento de mundo.