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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


ENSINO-APRENDIZAGEM DE PORTUGUÊS LÍNGUA ADICIONAL PARA ALUNOS PLURILÍNGUES DO PRÉ-PEC-G/UFPA

Autores:
Jessiléia Guimarães Eiró (USP - Universidade de São Paulo)

Resumo:

Com a presente pesquisa, buscamos refletir sobre desafios enfrentados no ensino-aprendizagem de português língua adicional (PLA) para alunos plurilíngues do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), que frequentaram as aulas do curso preparatório para o exame CELPE-Bras, oferecido pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Buscamos estratégias para enfrentar esses desafios, visto se entretecerem realidades múltiplas, como a experiência plurilíngue dos aprendentes, sua imersão no contexto de fala de PLA, a abordagem de língua como manifestação de cultura (KRAMSCH, 1996). Objetivamos, assim, pensar acerca da formação do professor, sobre que conhecimentos, competências e estratégias precisam ser apropriados com vistas a capacitá-lo a contribuir, no contexto de ensino-aprendizagem de PLA (ROTTAVA, 2008; 2009; LEFFA & IRALA, 2014), para que esses aprendentes plurilíngues, em contexto de imersão, estejam aptos a relacionar-se usando a língua-alvo, atendendo às suas expectativas e necessidades (RAJAGOPALAN, 2003). Elegemos como suporte teórico, para as observações realizadas em sala de aula, as pesquisas em Linguística Aplicada. Como percurso metodológico, concomitante à pesquisa bibliográfica ainda em curso, procedemos à pesquisa-ação, ao atuarmos como professora nas turmas do Pré-PEC-G/UFPA, coletando dados a partir da aplicação de questionários, anotações das conversas em sala de aula e recolha de textos produzidos pelos alunos. Em face de esta pesquisa estar em andamento, os resultados parciais apontam para a necessidade de refletirmos sobre as especificidades do ensino de língua como manifestação de cultura, na perspectiva de uma educação intercultural, considerando as necessidades e peculiaridades desses sujeitos plurilíngues e imersos no contexto de uso de PLA, a fim de que se percebam competentes interculturalmente e, ao mesmo tempo, abertos para a relação com a cultura-alvo (BYRAM et al., 2009)  e representantes de sua cultura de partida na troca com o ‘outro’.