FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORAS/ES DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE(S)COLONIALIDADE | Autores: Stephany Pikhardt Martins (UEG - Universidade Estadual de Goiás) |
Resumo: Este trabalho tem a finalidade de trazer uma reflexão no âmbito da formação inicial de professoras/es de língua portuguesa inter-relacionada aos estudos decoloniais. Acreditamos na necessidade de promover análises reflexivas nesse campo, haja vista que, conforme alguns autores (MIGNOLO, 2014; WALSH, 2013; GROSFOGUEL, 2007), é preciso colocar as/os alunas/os frente aos embates sociais que as/os cercam, a fim de que conheçam e resistam as colonialidades presentes em seus corpos e em seus cotidianos. No entanto, antes de as/os alunas/os serem postas/os perante a essas questões, torna-se fundamental que as/os professoras/es estejam conscientes dos estudos voltados à decolonialidade. Por esse motivo, trazemos, à luz de uma revisão bibliográfica (MINAYO, 2001), uma discussão subsidiando às/aos docentes de Língua Portuguesa nas práticas escolares com vistas à de(s)colonização. Para isso, aportamo-nos em autores-base como: Walsh (2007, 2013), Grosfoguel (2007), Mignolo (2014, 2007), Zolin-Vesz (2015, 2016), Silvestre (2017), Moita-Lopes (2006, 2013), a fim de entendermos como podemos proporcionar um ensino que contemple aos aspectos decoloniais. Por entendermos, juntamente com alguns desses autores, que a língua/gem ocupa o papel central na vida humana, podemos, então, pelo estudo dela desestabilizar as hegemonias que contribuem para o aumento das disparidades sociais e epistêmicas. Assim sendo, com essa revisão, notamos a urgência da promoção de trabalhos voltados ao imbricamento dos estudos de(s)coloniais com a língua/gem, a fim de que situem às/aos professoras/es ao fato de que em suas aulas (de Língua Portuguesa) podem promover aspectos críticos e de(s)coloniais.
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