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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


ATLAS HIDRONÍMICO DE ORIGEM INDÍGENA DO ESTADO DO MARANHÃO: considerações preliminares

Autores:
Edson Lemos Pereira (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)

Resumo:

O ser humano antes de erguer sua moradia ou fundar um povoado tem a preocupação de nomear os elementos físicos – rios, riachos, córregos, montanhas – que ali existem, originando assim os topônimos, verdadeiros objetos culturais que, além de se constituírem como elementos fundamentais de referência geográfica, são também instrumento de comunicação. Tendo em vista que os topônimos fazem parte do léxico de uma língua e que, por meio deles, podemos chegar a elementos da vida sociocultural de um povo, selecionou-se como objeto de estudo a hidronímia maranhense e tem-se como objetivos ampliar o inventário dos hidrônimos do Estado do Maranhão, expandindo o Banco de Dados constituído para a elaboração da dissertação de mestrado, já defendida, e elaborar o Atlas Hidronímico do Estado do Maranhão, que reunirá os hidrônimos de origem indígena. Para a elaboração do atlas, projeto de tese em curso, e alvo da proposta de trabalho ora submetido ao SIMELP, adotou-se o seguinte percurso metodológico: (i) pesquisa indireta, para coleta dos dados, nos acervos públicos do Estado do Maranhão, com vista à recolha de mapas antigos, e, ainda, em documentos e em sites oficiais, para a busca de mapas atuais e (ii) levantamento de toda a hidronímia maranhense, em mapas atuais do IBGE e  em mapas do território maranhense dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX; em trabalhos de cronistas, como Claude d’Abbeville e Yves d’Évreux; e no Dicionário Histórico-Geográfico da Província do Maranhão, de César Augusto Marques, para ampliação do corpus e, consequentemente, do Banco de Dados mencionado.  Com o Atlas Hidronímico de Origem Indígena do Estado do Maranhão, espera-se contribuir para um mais amplo entendimento da relação que o homem estabelece com o meio, uma vez que o topônimo, como parte do léxico de uma língua, reflete valores e crenças de uma comunidade linguística.