O objetivo deste trabalho é refletir sobre o papel das metodologias ativas no  atual contexto de formação de professores da variante brasileira do português como língua estrangeira (PLE) com a finalidade de pensar em possibilidades diante dos novos desafios impostos pela passagem da modernidade “sólida” para a “líquida”. Nessa transição, todo tipo de conteúdo está na rede e essas informações envelhecem rapidamente, assim não é possível oferecer aos alunos um conteúdo pronto através de uma metodologia tradicional. Por um lado, os professores deparam-se com o desafio de inovar no processo de ensino apredizagem através de novas metologias e currículos flexíveis. Por outro lado, a formação acadêmica desses profissionais foi predominantemente tradicional, dificultando sua inserção em um contexto educacional dinâmico. Parte-se do pressuposto de que para superar esses desafios é preciso investir na utilização de motodologias ativas na formação docente, especialmente no caso de professores de língua portuguesa para estrangeiros. Além disso, essa escolha metodológica poderá ser baseada na abordagem intercultural que visa o desenvolvimento de habilidades que prezam por uma convivência harmoniosa entre indíviduos de diferentes culturas. Como fundamentação teórica recorre-se às políticas educacionais brasileiras e portuguesas, além das obras de Zygmunt Bauman (2013), José Moran (2015), Edgar Morin (1921) e Willian N. Bender (2014).