Construção histórica dos currículos de língua portuguesa no Brasil no período 1990-2020 | Autores: Sônia Virginia Martins Pereira (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) |
Resumo: O estudo objetiva analisar permanências e mudanças em termos de concepções teórico-metodológicas e (re)formulação de objetivos e objetos de ensino, em referenciais curriculares nacionais para o ensino da língua portuguesa publicados no Brasil, nos anos de 1990 a 2020. Como dispositivo teórico de análise, são trazidos os estudos de Bronckart (2006), Dolz, Noverraz, Schneuwly (2004), Brait (2000) e Geraldi (1984), que abordam o tema do ensino da língua e da linguagem, em diferentes instâncias de seus usos, além de outros autores que investigam o ensino de língua portuguesa especificamente, a exemplo de Marcuschi e Cavalcante (2005), Moita Lopes (2004), Rojo (2000; 1992), Batista (1997). Com base numa pesquisa documental, de caráter histórico e abordagem qualitativa-interpretativista, são apresentadas questões prementes no que concerne à história do ensino de português, no Brasil, nos limites de referenciais curriculares nacionais e estaduais publicados no período da história recente da educação brasileira, as décadas de 1990 a 2020, de modo que a análise recai sobre um corpus relativamente homogêneo de propostas curriculares oficiais. Na discussão dos resultados, verifica-se que concepções pós-estruturalistas de língua e de linguagem, especialmente, as de cunho enunciativo-discursivo, tendem a dominar os fundamentos gerais do ensino da língua portuguesa, ainda que os objetivos e objetos de ensino oscilem entre usos e formas da língua.
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