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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo

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ALTERNÂNCIA LOCATIVA NO PORTUGUÊS BRASILEIRO: UMA ANÁLISE EM TERMOS DE NÚCLEOS APLICATIVOS BAIXOS

Autores:
Letícia da Cunha Silva (UNB - Universidade de Brasília, UCB - Universidade Católica de Brasília) ; Rozana Reigota Naves (UNB - Universidade de Brasília)

Resumo:

A Alternância Locativa (doravante AL) ocorre com verbos que denotam disposição ou remoção e são capazes de alternar seus argumentos entre as posições de complemento e de oblíquo, como em João carregou o caminhão com areia (alternante objeto)/ João carregou areia no caminhão (alternante oblíqua). Todavia, as possibilidades de alternância não são ilimitadas, como se verifica em João lotou o caminhão com areia /*João lotou areia no caminhão. Nosso objetivo é propor uma análise das propriedades morfossintáticas que licenciam esse fenômeno translinguisticamente, com ênfase para o papel da preposição. A metodologia de pesquisa baseou-se no teste experimental de preenchimento de lacunas a partir de opções preestabelecidas, acerca do tipo de preposição selecionada com verbos de disposição. Os resultados dos experimentos apontaram que as preposições “com” e “de” estão em variação na alternante objeto; o que pode indicar algum tipo de mudança em curso. Baseando-nos nos trabalhos de Arad (1996, 1998); Pylkkänen (2000) e Salles e Naves (2009), propomos que as estruturas alternantes da AL são derivadas independentemente uma da outra, por meio da seleção, pelo verbo, da preposição relevante, que, como elemento que projeta o núcleo aplicativo baixo (interno ao VP), é responsável pelo mapeamento dos argumentos em cada uma das estruturas. Consideramos ainda que o núcleo aplicativo baixo pode ser preenchido pela preposição, nas línguas sem morfologia específica para AL (como no PB) ou por um afixo, em línguas que expressam morfologicamente a alternância.

 


Agência de fomento:
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