No século XXI, o mercado tem exigido novo perfil de profissionais, dinâmico e dotado de visão macro para tomada de decisões estratégicas. A formação acadêmica precisa estar alinhada a essa nova demanda. Tal atenção se materializa por meio de novas abordagens pedagógicas e metodologias aplicadas. Houve resultados significativos a partir das experiências de professores que, em Cursos Tecnológicos, aplicam metodologias ativas (Mazur, 2016), nova forma de ensinar em que o aluno passa a ser protagonista de seu aprendizado com base na linguagem, entendida por Charaudeau (2008) como complexo fenômeno de comunicação, atividade desenvolvida em cada indivíduo que resulta de componentes linguísticos e situacionais. O estudante se torna ativo na absorção do conhecimento e constrói, nesse processo, seu ethos (Aristóteles, 2005; Perelman, 1999). Pretende-se mostrar a experiência com ensino da linguagem a partir de Projetos Integradores (PIs) que se iniciam no segundo período do curso superior e finalizam no sexto. Para o estudo, optou-se pela metodologia do estudo de caso de Yin (2015) aplicada a 60 PIs baseados em situações reais, desenvolvidos por grupos (total de 300 alunos) segundo fases determinadas, sempre com ênfase em discussões e escrita. A primeira fase, no segundo período, parte da determinação do tema e elaboração de planejamento detalhado: há muita discussão e principia a produção textual; na segunda fase (3º período), o projeto é colocado em prática ela apresentação de um piloto: eventuais falhas são analisadas e corrigidas. No quarto período, o projeto é reescrito e novas decisões tomadas. No quinto, há apresentação do trabalho quase completo e, no sexto, a versão final é colocada em prática. A produção dos textos definitivos costuma mostrar alunos competentes e prontos para o mercado. O PI trabalha com todas as disciplinas de todos os períodos, com foco na linguagem, elemento principal.