Cronistas viajantes e sua influência na literatura/identidade brasileira
| Autores: Katia Aily Franco de Camargo (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) |
Resumo: A presente comunicação tem por objetivo estudar o papel da linguagem na construção da identidade do viajante e, também, da identidade do Outro, neste caso, do brasileiro, na segunda metade do século XIX. Para tanto, restringiremos nossa apresentação à análise de três relatos do francês Charles Expilly:Le Brésil tel qu’il est (1862), Les femmes et les moeurs du Brésil (1864) e La traite, l’émigrqtion et la colonisation au Brésil (1865). Nossa proposta parte, portanto, de fontes primarias (viajantes cronistas) e está baseada na descrição etnográfica enquanto realidade social apreendida a partir do “ver” (LAPLANTINE, 1996); na teoria Imagológica; segundo a qual o estudo das imagens construídas do Outro, revela muito mais sobre aquele que as constroem (PAGEAUX, 2001). A heteroimagem (DYSERINCK, s/d), por conseguinte, manifesta a autoimagem intimamente ligada aos aspectos de tempo e espaço determinados; nas três categorias de tradução propostas por Jakobson, a saber, tradução intralingual, interlingual e inter-semiótica; além das categorias de classificação de itens culturalmente marcados elaboradas por Newmark (1988) e Franco (1996). Como resultado, esperamos identificar as influências na construção da identidade, presente também na literatura, do viajante estrangeiro/cronista e do Outro “brasileiro” por meio do estudo analítico dos três relatos de viagem supra citados.
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