Imprimir Resumo


Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


OS CURSOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA E AS REPRESENTAÇÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA E POR PROFESSORES: CONSTITUIÇÃO SUBJETIVA E EMPREGO DE ARGUMENTOS DE AUTORIDADE

Autores:
Andreza Roberta Rocha (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas)

Resumo:

Com o objetivo geral de problematizar o modo de funcionamento dos cursos de formação no que se refere às representações que neles circulam sobre i) o ensino de língua portuguesa; ii) sobre o trabalho do professor alfabetizador e iii) a função dos cursos de formação continuada., o presente estudo, que consiste em um desdobramento da pesquisa intitulada “OS CURSOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA E AS REPRESENTAÇÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA E POR PROFESSORES: ensino e ética”, está inserido na esteira de estudos inspirados pelos trabalhos de Coracini (2000, 2007, entre outros) dentro da perspectiva discursivo-desconstrutiva. Para tanto, tomamos como cenário o Pacto Nacional Pela Alfabetização Na Idade Certa (PNAIC), uma iniciativa governamental que pretende assegurar a alfabetização de todas as crianças até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental. Interessa-nos, de modo particular, apreender elementos sobre a relação entre a chamada língua materna e a constituição da subjetividade do professor alfabetizador. Para tanto, a metodologia adotada consistiu no exame da transcrição de entrevistas realizadas com professores envolvidos com o curso de formação continuada oferecido pelo PNAIC. No que se refere ao aparato teórico, inserindo nossos estudos na perspectiva discursivo-desconstrutiva (Coracini, 2014), recorremos às contribuições de (Derrida [1985]2001) a respeito da relação eu-outro e da noção de contra-assinatura. Como conclusões parciais, no que se refere às representações que emergem dos-nos dizeres dos participantes sobre o ensino de língua portuguesa, o exame da materialidade linguístico-discursiva das entrevistas tem apontado que o “outro” privilegiado pelo professor em seus dizeres é o orientador de estudo e vice-versa, revelando, ainda, um movimento no qual as participantes recuperam as vozes de autores renomados como meio de referendar as considerações que fazem sobre si mesmas e seu trabalho no ensino de língua portuguesa.


Agência de fomento:
Cnpq