ESCOLA DE VIDRO X ESCOLA DE CORPOS: PENSANDO AS POSSIBILIDADES DA ESCOLA EM DIÁLOGO COM AS CRIANÇAS | Autores: Joice Carvalho Coutinho (UFF - Universidade Federal Fluminense) |
Resumo: Este trabalho tem por objetivo realizar uma reflexão a respeito das culturas infantis e das culturas escolares, iniciando com o contato com o que as crianças pensam sobre a escola. Minha questão principal é: qual a possibilidade de uma prática que busque a valorização das culturas infantis no contexto escolar? Dialogando com as crianças do 1º ano do ciclo de alfabetização de uma escola municipal da rede de Araruama-RJ, em rodas de conversa. Esse trabalho, pesquisa com o cotidiano, inicia-se com um diálogo a partir de Ruth Rocha “Quando a escola é de vidro” e Kátia Schaefer “Escolas de corpos: que escola é essa?” e vai sendo tecido com as experiências das crianças, os estudos teóricos e minhas vivências na educação. Para nos ajudar a refletir sobre as crianças e as infâncias, as culturas escolares a as práticas pedagógicas que valorizem as crianças e suas histórias, culturas e potencialidades, buscamos as contribuições de Andréa Serpa, Ângela Borba, Gimeno Sacristán, Paulo Freire e Regina Leite Garcia. As rodas de conversa nos permitem aproximação, troca, olhares e escuta. As conversas das crianças nos levaram a uma reflexão sobre a importância das brincadeiras e da valorização destes momentos na escola. Levaram-nos a refletir sobre os corpos vivos e ávidos por conhecimento que ali estão, e por outro lado, sobre a rigidez e a necessidade de produção encontradas na escola. Sabemos das dificuldades encontradas no cotidiano das escolas, porém podemos perceber que as relações são de fundamental importância para todos da escola. Portanto, em um ambiente em que há diálogo, escuta, riso, trocas e respeito, é possível sim uma escola viva e potente. Uma escola de corpos!
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