Desde 2014, atuamos como professora do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP). A docência nessa instituição permitiu colocar em prática discussões sobre o ensino e aprendizagem de língua materna que fizemos ao longo de todo nosso percurso como pesquisadora, mas que foram intensificadas em um pós-doutorado desenvolvido de 2012 a 2014, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Intitulada “Relações Parafrásticas e o ensino e aprendizagem de línguas” (apoio FAPESP, processo número 12/14200-9), a pesquisa fundamentou-se por uma articulação entre Linguística e ensino de línguas estabelecida por princípios enunciativos e consistiu, mais especificamente, em propor a atividade parafrástica como mecanismo linguístico a ser aplicado como recurso didático para promover o desenvolvimento linguístico-cognitivo de alunos. Adotando um conceito de paráfrase que permite que se olhe não apenas para a aproximação entre termos, mas, sobretudo, para as diferenças entre o aparentemente próximo, indicou-se caminhos para um trabalho com léxico no contexto educacional, a partir da apresentação de ocorrências típicas. Colocando em prática as reflexões levantadas, nesta comunicação, mostraremos um exemplo de atividade aplicada em sala de aula em uma disciplina de Língua Portuguesa do IFSP voltada a estudantes de um curso tecnológico. A apresentação dessa experiência permitirá refletir sobre questões didáticas e metodológicas ligadas ao ensino de Português na rede dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia de nosso país, propósito apresentado pelo simpósio do qual fazemos parte.