O USO DA PARTÍCULA MESMO NO PORTUGUÊS BRASILEIRO DO SÉCULO XVIII | Autores: Ana Carolina Teixeira Peres (UNESP/IBILCE - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Ibilce) |
Resumo: Este estudo tem como proposta investigar o uso da partícula mesmo no português brasileiro, tomando como suporte teórico a Gramática Discursivo-Funcional, desenvolvida por Hengeveld e Mackenzie (2008). Para tanto, tomam-se como universo de pesquisa ocorrências do século XVIII, extraídas do corpus do Projeto para a História do Português Brasileiro, que se encontra catalogado na Plataforma de Corpora, disponibilizada na página https://sites.google.com/site/corporaphpb. Baseados nos estudos de Pezatti (2007, 2009, 2014), consideramos que o português brasileiro constitui uma língua de predicado-medial, com três posições absolutas (PI, PM e PF), necessárias para abrigarem, no nível morfossintático, os constituintes oracionais das várias camadas e níveis. Da mesma forma, o sintagma, por obedecer aos mesmos princípios que se aplicam à oração, dispõe também de três posições absolutas (PI, PM e PF), com o núcleo ocupando a posição PM. Há duas hipóteses que embasam o estudo: a de que, quando expressa uma categoria interpessoal, a partícula mesmo, constitui um operador e ocupa a posição PI do sintagma ou da oração; e a de que, quando expressa uma categoria semântica, constitui um modificador e assume a posição PF do sintagma ou da oração. O objetivo principal é, portanto, investigar a multifuncionalidade desse constituinte, relacionando-a às camadas propostas por esse modelo teórico, e os objetivos específicos consistem em verificar (i) a relação entre a multifuncionalidade de mesmo e as camadas propostas pela GDF; e (ii) como os diferentes usos são morfossintaticamente codificados pela posição que ocupam no domínio do Sintagma ou da Oração. (Trabalho orientado pela Profa. Dra. Erotilde Goreti Pezatti/PPGEL/UNESP)
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