INTERAÇÃO, RELAÇÕES DIALÓGICAS E ALTERIDADE: ATITUDES BAKHTINIANAS CONSTITUTIVAS DO EU, DO OUTRO E DO NÓS –CONDUTORAS DA APRENDIZAGEM E SILENCIADORAS DA INDISCIPLINA | Autores: Rosemary Pinto de Arruda Gonçalves (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) |
Resumo: Esta comunicação quer, a princípio, argumentar que atitudes bakhtinianas, tal como interação, as relações dialógicas e a alteridade são constitutivas do eu, do outro e do nós. Logo, o docente pode estimular a motivação e despertar interesse do aluno pela aprendizagem que ultrapasse à condição da mesma para além da escala numérica, para além do aprender para prova, fatos que despertam o grito do anjo adormecido, manifestado pela “indisciplina”. Conforme esse entendimento, esta pesquisa oferece uma proposta didático-metodológica para promover a apropriação da leitura e escrita no ensino de Língua Portuguesa, ancorando-se na teoria dos gêneros discursivos, de viés bakhtiniano (1952-53). Especificamente, propõe, como objeto desse trabalho, a leitura do gênero conto literário para o 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Presidente Médici em Cuiabá/MT. Para se obter uma progressão dessa aprendizagem, sugerimos fundamentar teoricamente o trabalho com a concepção sobre a linguagem como interação entre um “eu e um outro”, socialmente organizados, e outros conceitos subjacentes, representando, metaforicamente, como “velas ao mar” à condução da pesquisa, ou seja, trazer a língua e/ou linguagem em consonância com Bakhtin e Vygotsky. O objeto desta pesquisa é um sujeito falante e pensante, razão porque adotamos a Metodologia das Ciências Humanas (BAKHTIN, 2006) para a direção da pesquisa e, para a organização das atividades didático-pedagógicas, nos servimos de pesquisa-ação à luz de Thiollent (1986). Como resultado parcial, podemos inferir, quanto ao aspecto comportamental dos alunos, parecia não haver como ministrar as aulas, nem obter reciprocidade na interação pessoal e com os conteúdos de leitura e escrita. Entretanto, partindo do nosso ponto de vista, ainda não obtivemos avanços maiores, mas observamos mudança comportamental com a professora e a seriedade com o aprender. Dessa forma, concluímos que a afetividade pode ser um aspecto relevante e determinante para a ressignificação de acordos de sentidos.
Agência de fomento: PPGEL/UFMT |
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