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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


Discursivos lusófonos: questões metafóricas

Autores:
Micheline Tacia de Brito Padovani (PUC/SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)

Resumo:

Resumo: O presente trabalho objetiva analisar metáforas discursivas como procedimento semântico discursivo e como veículo de redescoberta e de transmissão de elementos culturais, históricos e sociais de indivíduos lusófonos em obra lusófona/angolana a fim de identificar diversidades linguísticas e culturais. Assim, a obra “Quantas madrugadas tem a noite”, de Ondjaki, aponta diversidades múltiplas do sujeito lusófono. Nos fundamentaremos em: Sacks (1992), Bastos (2008), Charaudeau (2004 e 2006), Recoeur (2017), Maingueneau (1995, 1996, 1997, 1998, 2002, 2004, 2006 e 2008), Martins, (2014), Brito e Hanna (2014), entre outros. Explicitaremos algumas características da narrativa e particularidades dos personagens, buscando uma compreensão de dois momentos distintos da produção literária de Angola. O primeiro diz respeito à literatura de resistência, já a segunda ao cotidiano contemporâneo de Luanda, além disso, por meio das metáforas discursivas e a literatura, é possível apontar a riqueza linguística, oriunda da cultura local. As metáforas discursivas possibilitam deslocamento de valores significativos de uma palavra para outra, destacando um dado histórico-social em contexto sócio histórico, propício à troca de valores lusófonos, a narrativa é lugar de encontro de vários discursos, várias etnias ou mesmo de língua. A relação entre identidade cultural e metáfora revela-se estreita, pois une razão e imaginação, caracterizando-se como um fenômeno de pensamento e ação, essencial para a linguagem literária.


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