Sujeito, língua e mídia: discursos sobre o indígena e formação de professores | Autores: Angela Derlise Stübe (UFFS - Universidade Federal da Fronteira Sul) |
Resumo: Esta pesquisa se insere em um projeto maior, intitulado “Língua, identidade e formação de professores”, projeto guarda-chuva que tem como foco analisar representações de língua(s) que emergem em narrativas de alunos e professores em diferentes níveis de ensino na região de abrangência da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus de Chapecó/SC para, então, discutir consequências ao ensino-aprendizagem e à formação de professores. Consiste em discutir traços de identificação que permitam compreender como os sujeitos se constituem na e pela linguagem, dado o constante ser/estar entre línguas-culturas, relação com o outro, ou seja, com os diversos grupos identitários que habitam o espaço educacional. Para esta comunicação, fazemos um recorte desse projeto maior, com a análise de textos, de diferentes gêneros, divulgados por jornais da região sobre o indígena, para problematizar representações de língua e de sujeito-indígena que ali emergem e que possam ter consequência para a constituição identitária desses sujeitos. O objetivo dessa coleta de documentos de arquivo - do discurso sobre - é compreender como produzem efeitos no imaginário sobre as línguas e sobre os sujeitos. Do ponto de vista teórico, situamo-nos na interface da análise do discurso com teorias que abordem o sujeito em sua constituição linguística, histórica e social. Em decorrência disso, no entremeio dos estudos discursivos, buscamos uma concepção de sujeito que contemple a heterogeneidade e a contradição que lhe é inerente, como também as determinações histórico-sociais – permeadas pelo desejo e pelo inconsciente – que lhe são próprias. A importância desta pesquisa consiste em compreender e representações de língua que afetam a constituição linguística e identitária desse sujeito indígena inserido no espaço entre-línguas-culturas. Com isso, podemos problematizar como essas representações produzem um imaginário sobre o indígena e, por consequência, efeitos que possa ter em processo de ensino e de aprendizagem.
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