“TERRA, MINHA... ETERNAMENTE”: ESPAÇO E MEMÓRIA NA POESIA DE ALDA LARA | Autores: Susane Martins Ribeiro Silva (UEMA - Universidade Estadual do Maranhão) |
Resumo: Conhecida pela sua literatura imponente e considerada pelos poetas africanos como honorável declamadora, Alda Lara é uma célebre literata, cujas obras, principalmente em verso, permeiam em destacar o africano, com seu modo singular de ser e pensar, além de cantar a terra natal, bem como o sofrimento do indivíduo em deixar sua terra. Nascida em família de escritores e pertencente à Geração Mensagem, os poemas da escritora angolana apresentam uma escrita peculiar, onde dá destaque e ressignificação de espaços relevantes da terra natal com intenso sentimentalismo, além de questões sobre a solidariedade e a esperança para e com o seu povo. Baseado nestas perspectivas, visa-se analisar a relação entre espaço e memória na produção poética de Alda Lara. Evidenciando os instantes angustiantes de uma Angola quase sem esperança, considera-se a (des)construção dos espaços destacados pelo sujeito lírico, além de como o espaço influencia significativamente na formação deste, bem como a rememoração da infância em “Poemas”, obra publicada postumamente em 1960. A pesquisa está fundamentada sob a visão de Luís Brandão (2013), no que se refere aos espaços e Walter Benjamin (1985) em torno das discussões memorialísticas, tornando-se relevante, pois discute os valores relacionados a espaço e memória, magistralmente destacados na conjuntura da obra poética desta brilhante escritora.
Agência de fomento: UEMA |
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