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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


FORMAÇÃO DOCENTE PARA O ENSINO DE ARGUMENTAÇÃO NA ESCOLA

Autores:
Sheyla Fabricia Alves Lima (UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz)

Resumo:

RESUMO

A argumentação é temática emergente no campo educacional e, especificamente na área de Língua Portuguesa, vem atraindo a atenção de pesquisadores que contrapõem o ensino de argumentação na escola aos modelos tradicionais de ensino consubstanciados em práticas como a redação dissertativa para exames de larga escala (VIDON, 2013, 2014, 2018; AZEVEDO, 2015, 2017; PIRIS, 2018) e o ensino de gêneros textuais argumentativos (DENIZOT, 2013; SOUZA, 2018). Nesse contexto, esta comunicação tem por finalidade apresentar resultados parciais de nossa pesquisa de mestrado, focalizando os saberes necessários para a formação docente para o ensino de argumentação na escola, especificamente no componente curricular Língua Portuguesa. Assim, para discutir as condições basilares para a construção de processos formativos que podem mobilizar o compromisso com a função docente, apoiamo-nos em Freire (2005 [1968], 2016 [1979]), Schön (1992), Nóvoa (1991, 2017), Alarcão (2003) e Tardif (2014 [2002]). E, para situar uma concepção de argumentação mais adequada para o desenvolvimento de capacidades e competências argumentativas (cf. Azevedo, 2013, 2016), consideramos a argumentação em sua multidimensionalidade (GRÁCIO, 2013) e, assim, recorremos ao modelo dialogal da argumentação, tal como formulado por Plantin (2010), à argumentação retórica, como apresentada no Tratado da Argumentação (PERELMAN; OLBRECHTS-TYTECA, 1996 [1958]) e à argumentação no discurso, como proposta por Amossy (2018). Por fim, nossos resultados parciais tentam articular três princípios que devem estar presentes na formação docente para o ensino de argumentação: compromisso docente; concepção de linguagem adequada às práticas argumentativas; conhecimento teórico-prático da argumentação.