Inegavelmente, os veículos de informação exercem um importante papel na sociedade por serem capazes de influenciar no modo de agir e de pensar dos cidadãos. Além disso, jornais e revistas, principalmente, criam demandas, orientam costumes e permitem que as informações cheguem sem restrição e sem censura ao público, a princípio, de maneiraimparcial, neutra. No entanto, durante a leitura, muitas vezes, é possível perceber alguns traços que marcam o posicionamento de quem produziu o texto, projetando certo juízo de valor e ideologia. Em decorrência disso, este trabalho tem como propósito principal analisar marcas linguísticas que ferem o princípio da suposta neutralidade em notíciassobre política no contexto de eleições para presidência do Brasil em 2018. Para isso, toma-se como aporte teórico a Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY, 2004), cuja abordagem consiste em priorizar a relação léxico-gramática em interface com a semântica e o discurso. Por meio da metafunção interpessoal, pretende-se investigar marcas de modalidade em diversos jornais do Brasil e do exterior nesse importante cenário político a fim de mostrar que não discurso isento de opinião. Portanto, fica claro que este trabalho possui ainda uma contribuição importante para docentes os quais pretendem ir em busca de um ensino mais produtivo no que tange à leitura na escola, pois, ao perceber a presença de possíveis posicionamentos por trás da notícia, o professor pode ajudar na formação de alunos menos ingênuos, capazes de entender a funcionalidade de escolhas gramaticais para construção de discursos.