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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


PROSÓDIA E CONVENÇÕES ORTOGRÁFICAS: SEGMENTAÇÕES NÃO-CONVENCIONAIS DE PALAVRA EM TEXTOS DE ALUNOS DO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL I DAS REDES PÚBLICA E PRIVADA.

Autores:
Viviane Schier Martins Iachak (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)

Resumo:

Em uma investigação quantitativo-comparativa de dados de segmentação não-convencional em textos de crianças do 1º ao 5º ano Ensino Fundamental I do ensino público e do ensino privado, Torquette (2016) mostrou que o número de ocorrências de segmentações não-convencionais é 3,63 vezes maior em textos de alunos do ensino público em relação aos alunos do ensino privado. Partindo desse pressuposto, a presente pesquisa busca, de maneira geral, investigar as possibilidades de organização prosódica das segmentações não-convencionais em textos do ensino público e do ensino privado. De modo específico, a partir dessa análise, procuramos verificar a existência de variabilidade nos critérios de segmentação, bem como levantar aspectos sobre a circulação desses escreventes por práticas orais e letradas quando da comparação dos textos de alunos de escola pública e de escola privada. À luz da Fonologia Prosódica, a partir da análise das segmentações não-convencionais em constituintes prosódicos, conforme o modelo relacional de Nespor e Vogel (1986), e ancorada na perspectiva de heterogeneidade constitutiva da escrita proposta por Corrêa (2001), esta investigação toma como corpus 94 textos de 1º ano de ensino fundamental I de escolas públicas e privadas da cidade de Marília-SP. As amostras integram o banco de dados EscIn, construído pelos pesquisadores do Grupo de Pesquisa Estudos sobre a linguagem (GPEL/CNPq), coordenado pelo Prof. Dr. Lourenço (UNESP/Marília e São José do Rio Preto). Os primeiros resultados em consonância com os dados obtidos por Torquette (2016) mostram que os escreventes de escolas privadas tendem a controlar melhor os critérios de segmentação, dada a sua inserção em práticas letramento. O modo de segmentar as palavras feito pelos alunos permite, ainda, inferir a existência de diferentes relações entre o oral e o escrito quando da comparação desses contextos.


Agência de fomento:
CAPES