O presente trabalho pretende analisar as interfaces das políticas públicas voltadas para o Livro Didático (LD), provocando um diálogo desde a implantação do Plano Nacional de Livro Didático (PNLD) até a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Assim, trilha-se caminhos que evidenciam as (re) formulações dos critérios avaliativos e do tratamento didático do LD voltados para o Ensino Fundamental anos finais. Tem-se como objeto de investigação os LD de Língua Portuguesa, anos finais, aprovados pelo PNLD/2018 e mais adotados na cidade de Imperatriz-MA. As obras analisadas serão vistas como um objeto complexo de investigação e como gênero do discurso secundário (BAKHTIN, 2011, 2003; BUZEN, 2013; MORIN, 1996; SIGNORINI, 2004). Nesse sentido, a concepção adotada como base epistemológica e metodológica foi a sócio-histórico-discursiva de base bakhtiniana, especialmente a Teoria Dialógica da Linguagem – TDL. Esta investigação documental ancora-se, ainda, nos princípios da pesquisa qualitativa, tendo como técnica a Análise de Conteúdo. No que tange aos resultados parciais, averiguou-se que os LD são compostos de encontros e desencontros entre o tratamento didático e as exigências do PNLD. Desse modo, o educador ao mediar o LD deve propor práticas de ensino que desenvolvam as competências comunicativas de forma reflexiva com o uso da língua em sua variedade, interligando-as com os eixos de ensino ( leitura, oralidade, produção de texto escrito e conhecimento linguístico). Portanto, os profissionais da educação devem perceber a intenção das atividades propostas por um LD para orientar seus educandos dentro do mundo letrado e complexo, visto que esse recurso é um material impresso de uma cultura letrada que é influenciado por inúmeros fatores que afetam a sua elaboração e o seu uso no âmbito educacional.