Esta comunicação é resultante de uma pesquisa em andamento que tem como objetivo analisar as representações sociais que os professores atuantes em escolas do campo, pertencentes ao município de Arraias no estado do Tocantins, região Norte do Brasil, possuem sobre as práticas de letramento, em âmbito pessoal e profissional. O estudo tem como referencial teórico, a perspectiva da teoria das Representações Sociais de Moscovici (1978), em diálogo, com os trabalhos na área da Linguística de Soares (2001), Kleiman (2001), Street (2010), Rojo (2012), Marcuschi (2005), dentre outros autores. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com um enfoque narrativo (CLANDININ; CONNELLY, 1995). Para a produção dos dados, empregou-se a pesquisa bibliográfica, o estudo documental e a técnica da entrevista semiestruturada à luz da História Oral Temática (BOM MEY, 2000; GUIMARÃES, 2006), com três professoras atuantes dos anos finais do Ensino Fundamental, em duas escolas do campo do município selecionado. Os resultados do estudo apontam que cada professora colaboradora, dentro da sua particularidade, apresenta diferentes representações sociais sobre as práticas de letramento, bem como diferentes modos de apropriação seja na vida pessoal, seja profissional. Outra questão evidenciada na pesquisa refere-se à existência de uma forte implicação das representações sociais do letramento, que as professoras trazem consigo das suas trajetórias formativas no processo de ensino-aprendizagem nas instituições que trabalham, particularmente, a mobilização de saberes ainda que implícito, sobre a predominância da dimensão do letramento autônomo promovidos nas suas práticas pedagógicas,