Língua e Literatura: uma contribuição no ensino de Língua Portuguesa | Autores: Márcia da Gama Silva Felipe (UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro) |
Resumo: A globalização exerce influência considerável na propagação de palavras, expressões e práticas que, em curto espaço de tempo, atravessam fronteiras e aproximam povos de países diversos. Por isso, aprender uma língua vai além da simples tradução do código verbal, engloba também a compreensão de fatores culturais, essenciais ao bom desempenho linguístico de qualquer falante. Nesse contexto, o tema Identidade ganha relevância no âmbito no ensino de línguas. Se, por um lado, cultura e língua aproximam os que se identificam; por outro, distanciam os que são diferentes. Entende-se, pois, que o texto literário, como representante da cultura de um povo, contribui significativamente para o ensino da língua, como principal elemento de identificação. Nesse sentido, propõe-se o uso do texto literário como córpus propício ao ensino de Língua Portuguesa, de forma a oferecer ao aluno o aprendizado do código verbal, enriquecido pela compreensão dos respectivos aspectos culturais. Para tanto, busca-se embasamento teórico-prático na Teoria da Iconicidade Verbal (SIMÕES, 2009), cuja metodologia permite a reconstituição da trilha lexical, identificada no tecido textual, com fins de identificação de usos e costumes. Com base nos pressupostos dessa teoria, propõem-se estratégias de leitura e interpretação de texto, calcadas no rastreamento dos signos lexicais da obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, com o objetivo de traçar o perfil representativo de autoridade evidenciada no romance.
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