A (IN)EXPERIÊNCIA DO PROFESSOR E DA ESCOLA COM O PISA
| Autores: Viviane Raposo Pimenta (PUC MINAS - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais) ; Sibely Oliveira Silva (PUC MINAS - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais) |
Resumo: Nesta comunicação, objetivamos apresentar algumas discussões advindas de pesquisa em andamento com professores da educação básica no Brasil. Considerando que o PISA é uma política internacional de avaliação da educação adotada pelo governo brasileiro e o papel do professor no processo de ensino, acreditamos que os dados, coletados por meio de entrevista semiestruturada com professores da educação básica, parecem sinalizar a importância de se pensar ou problematizar o lugar que o PISA ocupa na escola, uma vez que, conforme o INEP, os seus indicadores devem, ou deveriam, contribuir para a discussão da qualidade da educação e subsidiar políticas públicas do ensino básico. A análise realizada até o momento sinaliza que, embora os professores sejam impingidos a alcançar as metas estipuladas externamente, e muitas vezes responsabilizados pelos resultados obtidos pelos alunos, a sua (in)experiência com essa política de avaliação não lhe permite realizar uma reflexão crítica desse instrumento avaliativo. Nessa perspectiva, problematizamos também o lugar do PISA como cenário para as práticas de leitura, pois, conforme Bronckart (2018), tal como ele se apresenta “tem pouca ou nenhuma utilidade didática”, na medida em que, ele não possibilita a reflexão sobre os dispositivos didáticos que deveriam ser implementados para a promoção de práticas de letramento que sejam apropriadas para todos no contexto de fatores de diversidade local e conectividade global cada vez mais críticos.
Agência de fomento: FAPEMIG-CAPES |
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