Do ensino básico à graduação: como ensinar metáfora de maneira atraente?

A motivação para a realização desse trabalho surgiu ao perceber como a metáfora é repassada de forma estática e pouco atrativa aos alunos de ensino fundamental e médio. Com foco nisso, percebemos que parte do problema deve-se a formação deficitária dos estudantes de Letras da região. Buscando amenizar o problema, desenvolveu-se esse trabalho no qual serão apresentadas quatro análises de narrativa de estudantes de graduação em Letras, moradores da zona rural nas cidades de Caparaó e de Guanhães, ambas em MG. O objetivo do trabalho foi averiguar e comprovar a existência de metáforas nos textos mencionados e, a partir daí, analisar tais expressões metafóricas à luz das teorias desenvolvidas por Lakoff e Johnson e Fauconier, Teoria da Metáfora Conceitual e a Teoria da Mesclagem Conceitual, respectivamente. O método usado na coleta do corpus foi entrevista escrita e narrativa pessoal. Primeiramente fez-se a identificação das expressões metafóricas, no segundo momento, as expressões destacadas foram analisadas e, para finalizar o trabalho, os estudos foram repassados e analisados com os participantes. Os participantes da pesquisa puderam compreender que as metáforas não fazem parte apenas dos contextos didáticos e literários mas permeiam a vida cotidiana e precisa ser ensinada de forma mais natural aos alunos de ensino fundamental e médio. Comprovou-se, por meio desse estudo, que possibilitar uma formação adequada aos estudantes de graduação é a chave para melhorar a qualidade do ensino básico e que é possível utilizar exemplos menos forjados e mais próximos da realidade dos alunos do ensino fundamental e médio para que eles aprendam mais facilmente e de forma menos estática os preceitos metafóricos.

Palavras-chave: narrativa; metáfora; aprendizagem.