O tempo na escrita: análise enunciativa de textos da educação básica. | Autores: Ina Mirely Oliveira da Rocha (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco) |
Resumo: Este trabalho objetiva iniciar investigações referentes à subjetividade do homem na língua por meio da análise do funcionamento da categoria tempo, segundo a perspectiva da Teoria da Enunciação, de Émile Benveniste. Partimos do pressuposto de que a escrita é um ato enunciativo e, portanto, irrepetível, e esta será compreendida pela sua enunciação, ou seja, a lógica predominante não é a do sentido, mas a do sujeito. Iremos analisar a atualização da categoria tempo em produções textuais de alunos do ensino fundamental II, observando índices que na língua portuguesa têm a função de explicitar o tempo, como verbos e advérbios. Nosso ponto de partida será a noção de tempo da gramática tradicional, para, em seguida, pensar elementos para uma abordagem enunciativa da categoria temporal no ensino de língua. Na perspectiva de Benveniste, assim como nos estudos de Saussure, a língua é um sistema de signos (1988 e1989) efetivado no processo de enunciação, e o tempo se apresenta como uma categoria com definição e funcionamento ligados a tal processo. O trabalho será realizado a partir da coleta de textos de escolas públicas de João Pessoa e, a partir destes, problematizar a categoria de tempo ancorado na teoria enunciativa de Benveniste e identificar marcas enunciativas a partir do uso de verbos, advérbios e outras marcas que efetuem e atualizem a categoria tempo em produções textuais escritas.
Agência de fomento: UNICAP |
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