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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


O Espanhol na educação brasileira: efeitos da gramatização e sua política linguística

Autores:
Karina Magno Brazorotto de Sá (UNICAMP - Universidade de Campinas )

Resumo:

O ensino de línguas no Brasil, na educação básica brasileira, está praticamente restrito ao da língua materna e, por vezes, ao da língua inglesa. O oferecimento da disciplina de Língua Espanhola, por sua vez, foi acordado (e bastante comemorado) com o tratado do Mercosul, que resultou na promulgação da Lei do Espanhol em 2005, porém já revogada em 2015 por meio da Reforma do Ensino Médio. Neste trabalho propomos a análise daquela lei (Lei 11.161/2005) que versa sobre o oferecimento de Espanhol como língua estrangeira bem como da coleção de livros didáticos de língua espanhola “Cercanía Joven” (2013), pensada para o ensino médio brasileiro, dentro do período que a lei esteve vigente. Inscrito nos fundamentos teóricos da História das Ideias Linguísticas, que nos dá base para a compreensão da língua como saber e objeto de saber e para o seu processo de instrumentalização/gramatização, o foco desta investigação é refletir como esses instrumentos linguísticos estão articulados e pensados para a formação do cidadão brasileiro com escolarização média. Neste ponto do trabalho, procuramos compreender como a coleção de livros didáticos “Cercanía Joven” (2013) apresenta a Língua Espanhola e expressa em seu conteúdo as determinações expressas nas políticas linguísticas e educacionais vigentes, apontando para a tensão entre as variações linguísticas e culturais da língua e a norma padrão da língua espanhola.


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