Este trabalho faz parte das investigações realizadas para a elaboração do Atlas Toponímico do Estado do Maranhão – ATEMA e tem o objetivo de comparar os resultados obtidos do município de Fortaleza dos Nogueiras-MA na primeira etapa desse projeto com os de Maranhãozinho, município cujos dados estão sendo catalogados nesta segunda fase do Atlas. O referencial teórico está embasado no campo da Onomástica, o estudo dos nomes próprios, neste projeto, o sub-ramo da toponímia, que tem como objeto de análise os nomes de lugares, cuja principal referência é Dick (1990; 1992). A metodologia utilizada é a mesma empregada no Atlas Toponímico do Mato Grosso do Sul – ATMS - e os dados são selecionados no sítio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e no Banco de Dados Geográficos do Exército Brasileiro - BDGEx. A pesquisa é descritiva e o procedimento é bibliográfico e documental, cujo método de abordagem é qualiquantitativo. Os resultados evidenciam a utilização de termos diferentes para nomear os acidentes físicos e humanos da zona rural de Maranhãozinho como quadra, centro, igarapé diferentemente de Fortaleza dos Nogueiras que tem como termos mais recorrentes fazenda, riacho, vão. Outro aspecto relevante é o emprego de nomes de origem africana como Caçula e de origem indígena, Mumbaça e Maracaçume, em Maranhãozinho. A conclusão preliminar é a de que a diferença dos termos se deve à localização geográfica dos municípios: próxima à região amazônica no caso dos termos tupi e de São Luís região que recebeu no século XVIII e XIX grande quantidade de afro descentes.