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| DAS REDAÇÕES ESCOLARES ÀS PRÁTICAS SOCIAIS: DISCURSOS SOBRE A LEI MARIA DA PENHA E A LEI DO FEMINICÍDIO | Autores: Guianezza Mescherichia de Góis Saraiva Meira (UERN - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RGN) |
Resumo: Desde que o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM – propôs, em 2015, a discussão sobre a persistência da violência contra a mulher no Brasil, inúmeros professores da Educação Básica adotaram, nas salas de aulas, rodas de conversas, leituras e produções textuais voltadas para esta temática. Nesse viés, este trabalho tem como objetivo analisar como as redações do ENEM discutem a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, levando em consideração, o aumento nos índices de mulheres que são vítimas de relacionamentos abusivos. Em função desse alcance, buscou-se uma sustentação teórica nos postulados da Análise Crítica do Discurso (ACD), com ênfase na corrente social de Fairclough (2008), como também nos pressupostos de Del Priore. A ancoragem metodológica firma-se no paradigma qualitativo-interpretativista , circunscrito às Ciências Humanas e Sociais, com foco na Linguística Aplicada (LA). O corpus compõe-se de três redações, avaliadas com nota máxima e disponibilizadas em sites especializados. Os resultados indicam que os discentes enfatizam a importância de políticas públicas voltadas para as mulheres. Isso porque, por se tratar de um texto argumentativo, as propostas de intervenção, na conclusão, explanam a imprescindibilidade de mitigar a violência doméstica. Observa-se, ainda, que tais textos retratam a relação teoria e prática, implicando, assim, em um cenário que ainda é utópico no que diz respeito à igualdade de direitos.
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