A representação da mulher na construção do maravilhoso em Nadja, de André Breton | Autores: Natália Cristina Martins de Sá (UEL - Universidade Estadual de Londrina) |
Resumo: De diversas formas, a mulher sempre esteve presente na Literatura. Seja como personagem principal ou como mera coadjuvante, sua presença nas obras conferia peso diferente a elas. Na Literatura, ora a representação da mulher foi doutrinatória, para lhe indicar os valores a seguir e suas obrigações femininas na sociedade; ora foi libertadora, dando-lhe voz, espaço e representatividade. No Surrealismo, a mulher possui uma importância singular, porém contraditória: os surrealistas não pretendem doutrinar as mulheres sobre seu modo de agir – doutrinação não cabe neste movimento -, nem tampouco modificar as características socialmente impostas sobre o feminino; mas identifica-se com ela em todas essas características, e, dessa maneira, confere-lhe nova importância. Assim, este trabalho visa a analisar a representação da figura feminina no Surrealismo, em específico na obra Nadja, de André de Breton, a partir dos estudos Surrealistas de Marta Dantas (2017), Fernanda Taís Ornelas e Alcides Cardoso Santos (2016), Érica Milanezi (2009) e Henrique do Nascimento Gambi (2013). A partir destes estudos, a análise tem como foco explanar em que medida a representação da mulher no Surrealismo quebra ou reforça os estereótipos femininos e como contribui para a valorização feminina, ora pela exaltação da figura da mulher; ora pela sua posição em pé de igualdade com os homens Surrealistas, e assim constrói o maravilhoso na obra de André Breton.
Agência de fomento: CAPES |
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