AGRUPAMENTOS PRODUTIVOS EM TURMAS DE ALFABETIZAÇÃO: UMA EXPERIÊNCIA DO COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE.

Pensando a linguagem em uma visão bakhtiniana, enquanto construção histórico-social e as hipóteses de escrita que as crianças constroem, segundo Ferreiro e Teberosky (1999), aplicamos em uma turma de Alfabetização, do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Acre, a metodologia de agrupamentos produtivos defendida por Vygotsy (1973). Trata-se de uma pesquisa-ação em que a geração de dados deu-se mediante a observação, atuação com intervenções e acompanhamento pedagógico de alunos que foram agrupados de acordo com suas hipóteses de escrita durante as atividades de alfabetização. Sabemos que as salas de alfabetização são heterogenias, tanto em relação ao tempo de aprendizagem como também em relação as hipóteses de escrita que cada aluno apresenta. Verificamos que o direito a aprendizagem é melhor assegurado quando realizam-se atividades diferenciadas ao encontro dos saberes que os alunos já possuem sobre a escrita. O mapa de classe pode ser o ponto de partida para o planejamento das atividades de alfabetização, bem como para as escolhas de agrupamento. Nos agrupamentos os alunos colocam em xeque os conhecimentos que possuem sobre a leitura e escrita e refletem coletivamente. O planejamento das atividades de alfabetização quando considera os saberes que os alunos já possuem é o caminho mais viável para a aprendizagem de todos os alunos. Os alunos que participaram dessa pesquisa puderam refletir coletivamente sobre escritas e construir de forma interativa e significativa uma escrita alfabética ou que dela se aproxime.

Palavras-chave: alfabetização, hipóteses de escrita, agrupamentos produtivos