A escrita na web e a escrita na escola: um intercâmbio produtivo para o desenvolvimento da proficiência escritora de nativos digitais | Autores: Silvia Augusta de Barros Albert (UNICID - Universidade Cidade de São Paulo) |
Resumo: Os atuais avanços tecnológicos e as diferentes práticas sociais de linguagem que circulam na web e nas redes sociais vêm alterando não só a produção textual escrita como também o perfil dos sujeitos produtores e leitores de texto e sua interação. Essas mudanças, já professadas nos estudos de Vilém Flusser ([1989], 2010), muito antes do advento do WhatsApp e do Facebook, motivam o estudo de pesquisadores de diferentes áreas da linguagem e preocupam professores que atuam no ensino básico em relação ao desenvolvimento da proficiência escritora de seus alunos. Este trabalho pretende refletir sobre o ensino e a aprendizagem da escrita, na escola, para nativos digitais que participam ativamente das redes sociais e dominam diferentes linguagens, além da verbal: produzem e editam vídeos, fotos-montagem, memes, além de ter acesso a múltiplas informações e interagir na velocidade da tecnologia. Nesta comunicação, propomo-nos, então, colocar em discussão se o protagonismo dos jovens na web e sua atuação com as multissemioses e as multimodalidades pode contribuir para o ensino da escrita na escola e vice-versa. Partimos das seguintes perguntas norteadoras: como se dá o uso da língua na escrita da web? Qual o perfil do produtor de texto no ambiente digital e qual a natureza da interação com o seu leitor? Analisamos um corpus de mensagens de WhatsAPP de diferentes grupos e exemplares da produção experimental do “Recycling Texts”. Para essa reflexão e análises, a base teórico-metodológica compreende os estudos de Olson (1997); Cavalcante, Custódio Filho, Brito (2014); Dad Squarisi (2014); Rojo (Org.) (2013); Rojo e Barbosa (2015); Baptista, (2017), Dias (2018) entre outros. As análises realizadas apontam para a possibilidade de intercâmbio produtivo entre escola e web, no sentido de contribuir para o desenvolvimento da proficiência escritora das gerações Z e Alpha.
|
|