Um percurso argumentativo: revistas brasileiras e moçambicanas
Carla Moreira de Paula Prada (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)
(e-mail: carla_depaula@msn.com)
Para ser um bom orador não basta somente eloquência, é necessário saber a quem se fala, medir seus argumentos e obter a eficácia em seu discurso. Somos seres retóricos, inseridos em um contexto e o ato de fala/escrita naturalmente influenciará seu auditório.
A Retórica Antiga de Aristóteles, resgatada pela Nova Retórica de Perelman e Tyteca, preocupa-se em analisar e identificar a eficácia do discurso e como os três pilares retóricos (ethos, pathos e logos) relacionam-se no ato de fala/escrita. Assim este trabalho tem como tema comparar como esses três pilares articulam-se nos discursos de publicações do domínio discursivo jornalístico em revistas trimestrais moçambicanas e semanais brasileiras, que focalizam assuntos políticos, econômicos, educacionais etc.
A questão que se coloca é a seguinte: os argumentos utilizados nas revistas brasileiras e moçambicanas possuem maior predominância patética ou lógica, ou seja, são argumentos que movem o auditório pela emoção ou pela razão? Essa pergunta orientará a análise.
A base teórica utilizada na análise dos textos será a Retórica e a Nova Retórica (REBOUL,2004; PERELMAN E TYTECA, 2008; FERREIRA, 2015; TRNGALI, 1998).
Os resultados obtidos até o momento mostram que a análise retórica das publicações do domínio discursivo jornalístico em revistas brasileiras e moçambicanas exploram com maior predominância os argumentos lógicos.
Palavras chaves: retórica, lusofonia, argumentação