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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


AS FORMAS DOMINANTES DO CONHECIMENTO SOBRE A LINGUAGEM NA CONTEMPORANEIDADE: O EFEITO DE SENTIDO DO MÚLTIPLO E DO PLURAL DA/NA LINGUAGEM

Autores:
Élcio Aloisio Fragoso (UNIR - UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA)

Resumo:

O presente trabalho se inscreve no quadro teórico-metodológico da análise de discurso (proposta por Michel Pêcheux, na década de 60), articulado à disciplina da história das ideias linguísticas (segundo S. Auroux). Por este viés, não pensamos que exista teoria que não seja política. Como essas noções de múltiplo, de plural, de diversidade, de variação estão significando as línguas e seus falantes, em teorias que refletem sobre a linguagem como a sociolinguística e outras? Neste estudo, vamos tratar, especificamente, daquelas, que no campo das ciências da linguagem no Brasil, apresentam-se como dominantes na contemporaneidade porque se revestem da evidência de refletirem sobre o que é o múltiplo, o plural, em relação à linguagem, dada a ênfase atual a questões relacionadas à minoria, à cultura, à diversidade, colocadas pelos discursos de mundialização, de globalização e de nacionalidades. Antes mesmo de falarmos dessas teorizações, ou seja, dessas formas de produzir conhecimento, entendemos que precisamos compreender as condições de produção desses discursos, tendo em vista o modo de produção capitalista, que determina as relações econômicas atuais. Como fica a produção científica sobre a linguagem em uma época como a nossa, dominada pelos discursos de globalização, de mundialização, de internacionalização? Em seu livro, “Eu, tu, ele – discurso e real da história”, no capítulo intitulado “Internacionalização, mundialização e colonização científica”, ORLANDI (2017) nos apresenta uma reflexão que nos faz interrogar sobre as nossas condições de existência como pesquisadores, cientistas, e a conjuntura histórico-política em que nos encontramos. Defenderemos, com esta pesquisa, que o capitalismo se mantém na dominância com essa prática discursiva da mundialização, que domestica suas contradições, ao se apresentar na forma do heterogêneo, do múltiplo e do plural nos estudos da linguagem.