INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NOS CURSOS DE LETRAS: POR UMA EDUCAÇÃO SOCIOLINGUÍSTICA CONSCIENTE | Autores: Vera Maria Ramos Pinto (UENP - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ) |
Resumo: Os estudos sociolinguísticos podem trazer muitas contribuições para o ensino da Língua Portuguesa (LP). Dentre elas, estão o reconhecimento da pluralidade linguística brasileira, em que convivem variedades diversas, e definição conceitual básica para o tratamento adequado dos fenômenos linguísticos variáveis. Entretanto, sabemos que todo o aparato teórico-metodológico para o tratamento da variação linguística, principalmente sob o viés educacional, ainda, não chega de forma efetiva na formação docente inicial e, consequentemente, às salas de aula da educação básica. Com a crença, portanto, de que o futuro professor deve ter uma formação bem fundamentada, de modo acessível e esclarecedor sobre e como trabalhar o tema variação linguística, à luz da Sociolinguística Educacional, elaboramos Projeto de Intervenção Pedagógica (PIP) que foi desenvolvido nas salas de aula dos 3ºs anos dos cursos de Letras da Universidade Estadual do Norte do Paraná UENP/ campus Jacarezinho. Nesta comunicação, temos como objetivo apresentar nosso PIP, aplicado por meio de um plano de ação, voltado para teoria - prática, na formação docente inicial, a fim de conscientizar o futuro professor de Língua Portuguesa sobre a importância da abordagem da variação linguística no contexto escolar. O procedimento metodológico foi a pesquisa qualitativa e os pressupostos teóricos foram alicerçados nos princípios da Sociolinguística Educacional, com base nos estudos de Bortoni-Ricardo (2004, 2005, 2008), Bagno (2007), Cyranka (2014) e Faraco (2008, 2015), sob a égide teórica da Sociolinguística de Labov ([1972] 2008). Os resultados alcançado foram positivos e bastante significativos, razão pela qual defendemos que, na formação inicial do docente de Letras, além do conhecimento teórico-científico e metodológico sobre e como lidar com a variação linguística no contexto escolar, é preciso que os professores sejam mediadores na construção da consciência linguística desses futuros docentes.
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