Este estudo, fundamentado nas Ciências do Léxico e orientado pela profa. Dra. Cândida Trindade Costa de Seabra (UFMG) objetiva descrever a variante denominativa observada na nomenclatura regional, correspondente à médica, a partir de tratamento terminográfico pautado na Teoria da Terminologia Comunicativa (TCT). Justifica-se pelo interesse em um maior conhecimento dessa variante, pela necessidade de divulgação e por sua contribuição na comunicação de profissionais da Saúde Pública, estrangeiros e nativos que atuam ou pretendem atuar no interior do estado de Minas Gerais, região sudeste do Brasil. A motivação para essa publicação partiu de relatos de médicos que atuam na área da saúde, tais relatos sugerem que há duas variantes linguísticas presentes nos estabelecimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). Uma observada na linguagem técnica – utilizada pelos profissionais da Equipe de Saúde da Família: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde e outra variante observada na linguagem geral – utilizada pelos pacientes, familiares desses pacientes, serventes, dentre outros.  Em virtude desses aspectos e da pouca abrangência de itens terminológicos estigmatizados, nosso interesse volta-se para o estudo da variação nas denominações populares, respeitando a diversidade que naturalmente apresentam. A pesquisa alicerça-se em 14 fontes acadêmicas, dentre artigos especializados, dicionário, dissertações e teses que compõem o corpus de onde se extraíram 106 itens lexicais que julgamos terminológicos. Como resultado, apresentamos a variação no domínio discursivo veiculado entre os leigos, beneficiados pelo SUS. Por fim, dado seu caráter técnico e regional, o instrumento produzido, o glossário destina-se a profissionais de saúde que atuam em MG, na Saúde Pública, uma subárea em constituição no âmbito das Ciências da Saúde, estudiosos e pesquisadores da área das Ciências do Léxico, podendo, também, despertar interesse ao público geral.