Esta pesquisa vislumbra problematizar o ensino de língua portuguesa por meio da proposição de uma ação de extensão que buscará elencar temáticas da diversidade com vistas a colaborar na formação inicial de professoras/es. Mais especificamente, nossa intenção é a de propor, com auxílio das/os participantes da pesquisa, metodologias e possiblidades de se problematizar temas que envolvam gênero e sexualidade, de modo a ressaltar os sentidos discursivos (re)construídos acerca destas questões. A metodologia adotada nesta pesquisa é qualitativa e interpretativista, orientada por perspectivas da pesquisa-formação de viés colaborativista e crítico (SILVESTRE, 2017), ao passo que o material empírico gerado para construção do texto dissertativo será composto por questionários iniciais, entrevistas orais/histórias de vida (CLANDININ; CONNELLY, 2011) , notas de campo e diário reflexivo. Os dados decorrentes da ação de extensão serão discutidos com base, principalmente, nos pressupostos teóricos da Linguística Aplicada Crítica (MOITA LOPES, 2016, 2017; PENNYCOOK, 2001, 2016), das Teorias Queer e feministas (BUTLER, 2017; LOURO, 2003, 2008, 2013), bem como das Teorias pós-críticas do Currículo (SILVA, 2017) respaldadas no Pensamento De(s)colonial. Esperamos, assim, que este trabalho incite um olhar mais sensível e integrador acerca da diferença, por meio da (des)construção de práticas discursivas hegemônicas, que, muitas vezes, perpetuam e reiteram normas de gênero e de sexualidade no âmbito da sala de aula.