O USO DE MODALIZADORES AFETIVOS EM CARTAS
PESSOAIS ESCRITAS POR ADOLESCENTES
Regina Maria Lima Rocha– UERN (reginnarocha@yahoo.com.br)
Eudes Barbosa Soares Júnior– UERN (eudesbsjr@hotmail.com)
Hely Cantalice Neto– UERN (helyc@hotmail.com)
Orientadora: Risoleide Rosa Freire de Oliveira – UERN (risoleiderosa@gmail.com)
Resumo
O trabalho tem como objetivo analisar os efeitos que os recursos modalizadores afetivos agregam
ao gênero do discurso carta pessoal produzido por alunos do 9º ano da educação básica da Escola
Municipal de Ensino Fundamental Paulo Petrola, localizada em Fortaleza/CE. A partir da premissa
de que as mulheres são mais emotivas que os homens, a pesquisa investiga quais modalizadores
afetivos são mais utilizados em textos escritos por aluno/a/s adolescentes de escola pública, no
intuito, também, de confirmar ou não a veracidade da máxima supracitada. Para tanto, ancora-se na
definição de Neves (2010) acerca dos modalizadores afetivos, ou seja, quando o falante exprime
reações emotivas e os subdivide em afetivos pessoais e interpessoais. Baseia-se ainda nas
contribuições de Castilho (2012), que os classifica em subjetivos, os quais expressam predicação
dupla em relação ao falante em face da própria proposição e intersubjetivos, que expressam uma
predicação simples, assumida pelo falante em face de seu interlocutor. A abordagem da pesquisa, de
natureza qualitativa e interpretativa, conta, dentre os recursos metodológicos, com a realização de
uma sequência didática cujo objetivo principal é a produção de cartas de amor para averiguação de
tais recursos modalizadores. A interpretação dos resultados mostra que não há diferença relevante
quanto ao emprego dos modalizadores afetivos por parte dos sujeitos envolvidos, em relação à
natureza dos modalizadores quanto à máxima norteadora da pesquisa.
Palavras-chave: Modalização afetiva. Gênero carta pessoal. Ensino fundamental.