O presente trabalho investiga como professores de escolas públicas e particulares de Mariana (MG) lidam com a presença da oralidade em textos escritos. Falar sobre oralidade e escrita ainda é um assunto que traz à tona muitas discussões entre pesquisadores e professores de Língua Portuguesa. Ao adentrar em uma escola é notório que há muitas divergências em relação ao ensino da língua materna. Há professores que defendem o uso da norma padrão, enfatizando que há o “certo” e o “errado” e que a representação da oralidade na escrita é um erro. No entanto, há professores que defendem o ensino da Língua Portuguesa de acordo com as suas variações linguísticas. Dessa forma, o objetivo geral deste trabalho consiste em descrever as opiniões de professores de Língua Portuguesa sobre a influência da oralidade na escrita, sendo os objetivos específicos analisar como os professores lidam com traços da oralidade na escrita e analisar o posicionamento e as crenças dos professores sobre oralidade e escrita. Foram selecionados dezoito professores para participar desta pesquisa, sendo nove professores de escolas públicas e nove professores de escolas particulares, distribuídos nos seguintes níveis de ensino: Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio. Os resultados obtidos, ainda em processo de análise, mostram que alguns professores acreditam que a influência da oralidade na escrita é devido ao reflexo da imensa variação linguística, outros acreditam que a língua deve obedecer a gramática tradicional, destacando que qualquer desvio da norma é errado. Dessa forma, esta pesquisa traz discussões sobre a Língua Portuguesa principalmente sob a perspectiva da Sociolinguística Educacional. Assim sendo, os estudos desenvolvidos procuram dialogar com novas perspectivas de ensino para o aprimoramento das práticas docentes, tendo como orientador desta pesquisa o professor Dr. Clézio Roberto Gonçalves.