O presente trabalho tem como proposta investigar a motivação de nomear as 10 principais fases da Operação Lava Jato com base nos estudos da Onomástica. A Onomástica é um ramo da linguística que estuda os nomes próprios e os processos de nomeação em diferentes línguas ou dialetos, buscando resgatar as origens, os significados e as motivações das denominações. A Lava Jato é uma operação deflagrada pela Polícia Federal no ano de 2014 que visa apurar um esquema de lavagem de dinheiro no Brasil. A cada descoberta feita ela recebe nomeações diferentes, logo, ela é composta até o momento por 52 fases e dessas, 39 já foram nomeadas, tornando-se a maior operação policial do país. Partindo do pressuposto de que o homem, desde sua existência, tem a necessidade de nomear as coisas que o rodeia, busca-se a resposta sobre os motivos de nomear essas fases, além de descobrir os fatores linguísticos e socioculturais que contribuíram para essas nomeações. Para a análise dos dados, fundamentou-se nos estudos de Dick (1992) e Dias (2016) dentre outros que abordam a temática da nomeação. Este trabalho utilizou-se da pesquisa qualitativa de cunho bibliográfico e exploratório. Para coleta dos dados, utilizou-se de materiais disponibilizados pela mídia como jornais impressos e digitais, além do site oficial da instituição responsável pela investigação policial em questão. Por conseguinte, os resultados apontaram que as nomeações são usadas como meio de identificar cada fase da operação e que cada nome tem vínculo direto com o contexto do crime ou das pessoas envolvidas, além de instigar a população ao fato investigado e formar um vocabulário de fácil reconhecimento. Espera-se que este trabalho possibilite a expansão dos estudos onomásticos que trata de fatos atuais da sociedade brasileira.